CARTOGRAMA | DESENHOS MILIMÉTRICOS

Marco Pires

Sem título (Cartograma #12), 2008
Óleo sobre impressão lambda
100x92,5cm | 112,5x105,5cm


Sem título (Cartograma #02), 2008
Óleo sobre impressão lambda
47,5x 55cm | 60,5x67,5cm


Da série Desenhos Milimétricos #052, 2008
Marcadores, lápis de cor, impressão jacto de tinta e óleo sobre papel milimétrico
32x22cm | 43x33cm


Outras obras em exibição:
Da série Desenhos Milimétricos #030, 2008
Marcadores, lápis de cor, impressão jacto de tinta e óleo sobre papel milimétrico
32x22cm | 43x33cm

Sem título (Cartograma #11), 2008
Óleo sobre impressão lambda
100x142cm | 112,5x154,5cm

Sinopse
O geógrafo Mark Monmonier introduz o conceito de “white lies” no estudo da cartografia, adoptando uma posição crítica sobre a evolução do mapa e revelando algum cepticismo sobre a manipulação produzida por alguns destes modelos da realidade. Segundo Monmonier um mapa constrói uma representação alicerçada em distorções deliberadas preterindo a exactidão e a verdade para melhor dar a ver o essencial.
Tendo em conta esta noção, o mapa empreende uma abstracção espacial e desenvolve uma linguagem que permite comunicar e analisar dados. É desta base que nascem os chamados cartogramas, que para além do levantamento topográfico de uma determinada área lhe adicionam informação de acordo com a distribuição, ocorrência ou intensidade de diversos fenómenos. “Cartogramas são distorções aplicadas de forma propositada a um mapa de acordo com uma variável externa à geografia do mapa” (James A. Dougenik).
É de acordo com esta prática da construção dos cartogramas que esta série homónima se desenvolve. Numa tentativa de re-contextualização de documentos que correspondem a antigos mapas de solos, informação já em si desactualizada, exerço uma fragmentação das estruturas espaciais segundo um jogo de descontinuidade, rasura e subtracção. Esta acção oculta determinadas áreas e por consequência enfatiza outras, em particular as destinadas às legendas do documento, que assim perdem o seu referente para a massa formal e descontínua de um monocromo que habita agora cada mapa.
Exige-se então uma re-leitura dos dados, onde o simulacro do próprio simulacro da representação original convida agora a um reposicionamento referencial e espacial.

Biografia
Marco Pires. Alcobaça, 1977
Vive e trabalha em Lisboa

Formação Académica
1996-2001 Licenciatura em Artes Plásticas - Pintura, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Exposições Individuais
2008 Toporama, Appleton Square, Lisboa; 2007 Displacement Maps, Galeria Pedro Oliveira, Porto; Rebatimento, Sala Poste-ite, Porto; White Lies, Galeria Caroline Pagès, Lisboa; 2006 Magnificare, Sala Poste-ite, Porto; 2005 Horizon, Galeria Pedro Oliveira, Porto; 2004 Paisagem Branca, Galeria Fuga Pela Escada, Guimarães; Lustro, Consigo, Coimbra; 2002 Cell data, Galeria Artfit, Lisboa; 1998 Cisterna da Faculdade de Belas Artes, Lisboa; 1995 Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça

Exposições Colectivas (selecção)
2008 Topografias Urbanas, Galeria Fúcares, Almagro; Enganar a Fome, Espaço Avenida, Lisboa; 2007 Ariane de Rothschild, Banque Privée Edmond de Rothschild Art Prize, Antiga Gráfica Mirandela, Lisboa; Cidades Invisíveis: Obras da Colecção da Fundação PLMJ, Faculdade de Arquitectura, Lisboa; 2006 Opções & Futuros: Obras da Colecção da Fundação PLMJ, Espaço AC, Lisboa e Museu Municipal, Faro; 2005 Ariane de Rothschild, II Prémio de Pintura, Palácio Galveias, Lisboa; Representações da Ciência na Arte Contemporânea, comissariado Miguel Amado, MNCT, Coimbra; Bartolomeu 5, Lisboa; 2003 50º aniversário da descoberta do ADN, Faculdade de Ciências, Lisboa; 2002 Prémio Carpe Diem, Dormitório do Mosteiro de Alcobaça; 2000 Armazém 7, Porto de Lisboa, Lisboa; Non-Stop Opening, Galeria ZdB, Lisboa; 1999 Emergências, Fábrica da Pólvora, Oeiras; Pintura III, Faculdade de Belas Artes, Lisboa; 1998 Jovens Criadores 98, Aveiro; Génese, Galeria do Montepio Geral, Lisboa; 1996 Conjunto, Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça

info:
http://www.marcopires.com
http://desenhosmilimetricos.blogspot.com