Organização: Museu da Presidência da República
Viana do Castelo - Praça da Liberdade - Edifício Arqº Fernando Távora
De 10 de Junho a 30 de Setembro de 2008
Terça a Domingo das 17h30 às 23h00
"Lá Fora" reúne pela primeira vez em Portugal um vasto conjunto de obras e artistas plásticos portugueses que vivem e trabalham fora do país.
Trata-se de uma exposição organizada pelo Museu da Presidência da República, integrada nas comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a decorrer na cidade de Viana do Castelo.
São mais de uma centena de obras, entre pintura, desenho, fotografia, instalação, escultura e vídeo que dão a conhecer, de forma representativa, o trabalho desenvolvido por cerca de 51 criadores portugueses residentes em vários países da Europa, América do Norte e América do Sul e integrados com sucesso nos circuitos da arte contemporânea.
Comissariada pelo historiador de arte João Pinharanda, esta mostra conta com nomes como Rui Calçada Bastos, Filipa César, Suzanne Themlitz, Ana Luísa Ribeiro, Adriana Molder ou Noé Sendas, vindos da Alemanha; do Brasil, Fernando Lemos e Ascânio MMM; Carlos Bunga ou Jorge Leal, da Espanha; Júlio Pomar, Rui Patacho, Diogo Pimentão, de França; da Holanda, Júlia Ventura; do Reino Unido, Paula Rego, João Penalva, Edgar Martins, Bruno Pacheco, entre outros e, ainda, artistas vindos da Suíça, Argentina, Luxemburgo (Marco Godinho), Canadá (Miguel Rebelo) e EUA, este último com várias participações, entre as quais, Gabriel Abrantes, Catarina Leitão, Carlos Roque ou José Carlos Teixeira.
Além dos nomes mais reconhecíveis pelo público português, há ainda lugar para algumas surpresas, como Francisco da Mata, radicado na Suíça, Maria Loura Estêvão (vídeo) e Gérald Petit (fotografia), ambos residentes em França, ou, ainda, o novaiorquino Michael de Brito (pintura), todos luso-descendentes e com um percurso artístico consistente em termos internacionais.
É também ocasião para a exibição de alguns trabalhos inéditos, como as mais recentes esculturas Billboard Cities, de Susana Gaudêncio, ou a série de desenhos Absolut Boredom – Mundo sobre Mundo sobre Mundo, de Catarina Dias.
Mas não é apenas de hoje que emigram artistas portugueses. E é precisamente para ilustrar a historicidade desses movimentos que Rafael Bordalo Pinheiro, Amadeu de Sousa Cardoso, Vieira da Silva e António Dacosta introduzem esta Exposição.
Diversas linguagens, diversos suportes e técnicas, diferentes gerações. Artistas consagrados e novos artistas que emergem com segurança na actualidade. Artistas com obra desterritorializada e artistas que reflectem e questionam, no seu trabalho, mobilidades e pertenças. Esta é uma exposição que abre caminho para várias reflexões, uma das quais a mais evidente: porque tanto se provocam entre si, criação artística e mudança de lugar.
Constituindo um primeiro levantamento da arte portuguesa contemporânea produzida em contexto migratório, esta exposição poderá abrir portas a novas recolhas e novas abordagens, capazes de enriquecer este sempre incompleto mapa da presença portuguesa no mundo.